quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

VIVER DESPENTEADA


Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,
por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos
eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,
toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça,
coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...
e talvez deveria seguir as instruções, mas
quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita
eu tenha que me sentir bonita...
A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, eu veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todos que amo:

Entreguem-se, comam coisas gostosas, beijem, abracem, dancem, apaixonem-se, relaxem, viajem, pulem, durmam tarde, acordem cedo, corram, voem, cantem, arrumem-se para ficar lindos, arrumem-se para ficar confortáveis!
Admirem a paisagem, aproveitem,
e, acima de tudo, deixem a vida despentear vocês!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, vocês precisem se pentear de novo...


DESCONHECIDO

Não dramatize as situações


Dê o peso certo para os fatos e encare os problemas de outra forma

por Bruna Rafael


Você conhece alguém que tem hábito de dramatizar as situações? Eu convivo com muitas pessoas assim e sempre me questiono se elas enxergam tudo de uma maneira real ou se distorcem a imagem do que as acontece.
Há uma relação entre o que sentimos e o que realmente ocorre. Pessoas diferentes percebem uma mesma situação de forma distinta. Um exemplo seria alguém que se traumatiza por ter sofrido um acidente de carro e, com isso, resolve nunca mais dirigir. Uma outra pessoa que estava no carro no mesmo momento pode não guardar nenhum trauma pelo ocorrido.
Tudo o que vivenciamos no exterior está ligado ao que temos dentro de nós. Pense num casal em que o homem é super carinhoso e atencioso, enquanto a mulher é muito carente. Para ela, as carícias de seu parceiro nunca são suficientes. Isto acontece porque o ato de agradar alguém não depende unicamente de quem quer agradar e sim da percepção dentro de cada um de nós do que é ser agradado.
A maneira como colocamos peso e importância nas situações vividas faz com que elas realmente pareçam ter um tamanho maior."A maneira como colocamos peso e importância nas situações vividas faz com que elas realmente pareçam ter um tamanho maior." Isso acontece com tudo ao nosso redor, como o modo que encaramos os problemas e as pessoas que fazem parte de nossas vidas. Muitas vezes, acreditamos que determinados fatos são mais fortes que nós mesmos, sem ao menos tentar encará-los. Depois, reclamamos por não termos forças suficientes para resolver tais problemas. Mas isso tudo partiu de uma atitude unicamanete nossa - a capacidade de dramatizar a situação, de colocá-la com uma relevância muito maior do que ela realmente possui.
Você já passou por alguma situação em que o seu drama foi tão grande e tempos depois chegou a rir da maneira como você reagiu? Você está passando por isso neste exato momento, se desesperando, perdendo sono e até a sua maneira de comer mudou por causa de um problema?
Se estiver desse jeito, algumas dicas são:


1 Pare um pouquinho e saia desse rodamoinho enorme que está em volta
de sua cabeça lhe atormentando.
2 Liberte-se dessa pressão, dessa vontade enorme de que tudo dê certo,
de que você precisa dar certo e escolher a melhor opção possível
para resolver isso.
3 Pare de pensar na imagem que os outros vão ter quando você resolver
tal questão.
4 Você realmente acredita que você é capaz de ser feliz e manter
pensamentos positivos e otimistas sobre o que lhe acontece? Se a
resposta for positiva, reflita: você vê alguma oposição entre o que
realmente se passa com você e o que nutre em sua cabeça? Se a
resposta for negativa, pense: o que você acha que merece é o que
você dá a si mesmo?

Encarar a vida com leveza, vendo e sentindo o que realmente se passa com você, sem drama, é uma tarefa difícil e demorada, que exige verdadeira coragem para adotar uma visão madura e decidida de ser feliz. Mesmo que haja problemas a serem resolvidos, quando estamos nos dando o nosso melhor, não perdemos o brilho nos olhos nem o sorriso no rosto. Mas isto é tarefa apenas para quem quer encarar a vida como ela realmente é. Você está preparado para isso?

sábado, 21 de novembro de 2009




APRENDENDO A VER AS COISAS COMO SÃO !!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A idade



Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

desconhecido

quarta-feira, 16 de setembro de 2009


“As pessoas não vão querer pisar em você, a menos que você se deite".

O que Oprah Winfrey tem a dizer sobre os homens:

- Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
- Se ele não te quer, nada pode fazê-lo ficar.
- Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
- Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
- Pare de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
- Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre o que realmente te faz feliz.
- Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia, "foda-se, mande pro inferno, esquece!", vocês não podem "ser amigos". Um amigo não destrataria outro amigo.
- Não conserte nada.
- Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que "ela vai melhorar". Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas ainda não estiverem melhores.
- A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
- Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então, porque ele te trataria diferente?
- Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
- Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um escândalo.
- Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
- Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
- Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... Mesmo se ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
- Não o torne um semi-deus.
- Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
- Nunca deixe um homem definir quem você é.
- Nunca pegue o homem de alguém emprestado.
- Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
- Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
- Todos os homens NÃO são cachorros.
- Você não deve ser a única a fazer tudo... Compromisso é uma via de mão dupla.
- Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada + precioso quanto viajar. Veja as suas questões antes de um novo relacionamento.
- Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar... Uma relação consiste de dois indivíduos completos.. Procure alguém que irá te complementar, não suplementar.
- Namorar é bacana mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
- Faça-o sentir falta de você algumas vezes... Quando um homem sempre sabe que você está lá, e que você está sempre disponível para ele - ele se acha...
- Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice de um homem.
- Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...

Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras mulheres se prepararem.
Dizem que se gasta um minuto para encontrar alguém especial, uma hora para apreciar esse alguém, um dia para amá-lo e uma vida inteira para esquecê-lo.
O medo de ficar sozinha faz com que várias mulheres permaneçam em relações que são abusivas e lesivas.
Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e se um homem te destrata, é ele quem vai perder uma coisa boa.
Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único.
Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções. Faça a escolha certa.

Ladies, cuidem bem de seus corações...

Oprah Winfrey

ps Não sei se é ela realmente a autora do texto mais achei otimo !!!!!!!!!!!

domingo, 5 de julho de 2009




Como vai você?
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Só não duvido da fé...

E como vai você?
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Não!
Até duvido da fé...

Não quero luxo nem lixo
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final
Luxo! Lixo!
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final...

Não quero luxo nem lixo
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final
Luxo! Lixo!
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final...

E como vai você?

MULHERES POSSÍVEIS..


Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido as refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe a noite, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, estudo, levo o carro no mecânico, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão, levo o cachorro passear e ainda faço escova toda semana - e as unhas!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar... curtir os filhos.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Mulher é mulher, não pode parecer um homem!
Se o trabalho é um pedaço de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher independente, fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.

Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Canção da America


Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O PORCO E O CAVALO... (Vale a pena ler)

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça

Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.

Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo..

Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário :

- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.

Neste momento, o porco escutava toda a conversa.

No dia seguinte deram o medicamento e foram embora.

O porco se aproximou do cavalo e disse :

- Força amigo ! Levanta daí, senão você será sacrificado!

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.

O porco se aproximou do cavalo e disse :

- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer ! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa !

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse :

- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse :

- Cara, é agora ou nunca, levanta logo ! Coragem ! Upa ! Upa ! Isso, devagar ! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai... Fantástico ! Corre, corre mais ! Upa ! Upa ! Upa !!! Você venceu, Campeão !

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

- Milagre ! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa... 'Vamos matar o porco! '

Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho.

Ninguém percebe, quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso..

Saber viver sem ser recon hecido é uma arte, afinal quantas vezes fazemos o papel do porco amigo ou quantos já nos levantaram e nem o sabor da gratidão puderam dispor ???

Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se : Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic.

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Memória


Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 22 de fevereiro de 2009

FELICIDADE


"Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vitima dos problemas e se tornar um autor da própria historia. É atravessar desertos fora de si mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manha pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma critica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

Fernando Pessoa

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Plebiscito

A cena passa-se em 1890.

A família está toda reunida na sala de jantar.

O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.

Dona Bernardina, sua esposa, está muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.

Os pequenos são dois, um menino e uma menina. Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa, os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias.

Silêncio


De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:

— Papai, que é plebiscito?

O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme.

O pequeno insiste:

— Papai?

Pausa:

— Papai?

Dona Bernardina intervém:

— Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando. Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.

O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos.

— Que é? que desejam vocês?

— Eu queria que papai me dissesse o que é plebiscito.

— Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda o que é plebiscito?

— Se soubesse, não perguntava.

O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:

— Ó senhora, o pequeno não sabe o que é plebiscito!

— Não admira que ele não saiba, porque eu também não sei.

— Que me diz?! Pois a senhora não sabe o que é plebiscito?

— Nem eu, nem você; aqui em casa ninguém sabe o que é plebiscito.

— Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante!

— A sua cara não me engana. Você é muito prosa. Vamos: se sabe, diga o que é plebiscito! Então? A gente está esperando! Diga!...

— A senhora o que quer é enfezar-me!

— Mas, homem de Deus, para que você não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que era proletário. Você falou, falou, falou, e o menino ficou sem saber!

— Proletário — acudiu o senhor Rodrigues — é o cidadão pobre que vive do trabalho mal remunerado.

— Sim, agora sabe porque foi ao dicionário; mas dou-lhe um doce, se me disser o que é plebiscito sem se arredar dessa cadeira!

— Que gostinho tem a senhora em tornar-me ridículo na presença destas crianças!

— Oh! ridículo é você mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: — Não sei, Manduca, não sei o que é plebiscito; vai buscar o dicionário, meu filho.

O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:

— Mas se eu sei!

— Pois se sabe, diga!

— Não digo para me não humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!

E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente a porta.

No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um dicionário...


A menina toma a palavra:

— Coitado de papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!

— Não fosse tolo — observa dona Bernardina — e confessasse francamente que não sabia o que é plebiscito!

— Pois sim — acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão — pois sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.

— Sim! Sim! façam as pazes! — diz a menina em tom meigo e suplicante. — Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangaram-se por causa do plebiscito!

Dona Bernardina dá um beijo na filha, e vai bater à porta do quarto:

— Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco.

O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente.

Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balanço.


— É boa! — brada o senhor Rodrigues depois de largo silêncio — é muito boa! Eu! eu ignorar a significação da palavra plebiscito! Eu!...

A mulher e os filhos aproximam-se dele.

O homem continua num tom profundamente dogmático:

— Plebiscito...

E olha para todos os lados a ver se há ali mais alguém que possa aproveitar a lição.

— Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecido em comícios.

— Ah! — suspiram todos, aliviados.

— Uma lei romana, percebem? E querem introduzi-la no Brasil! É mais um estrangeirismo!...

Arthur Azevedo

PERFEITO ESTE TEXTO . SUPER ATUAL !!!!!!!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Soneto da fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CRÔNICA DA LOUCURA

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos.
Existem dois tipos de loucos.
O louco propriamente dito e o que cuidado louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra.
Sim,somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses,
anos. Se não era louco, ficou.
Durante quarenta anos, passei longe deles.
Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso, como louco confesso, que
estou adorando estar louco semanal.
O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e ficar observandoos meus colegas loucos na sala de espera.
Onde faço a minha terapia éuma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem
três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco.
Ninguém olha para ninguém.
O silencio é uma loucura.
E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são
rotarianos ou leoninos, corintianos ou palmeirenses.
Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo. E a sala de espera de um 'consultório
médico', como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela),
é um prato cheio para um louco escritor como eu.
Senão,vejamos:
Na última quarta-feira, estávamos:
1. Eu
2. Um crioulinho muito bem vestido,
3. Um senhor de uns cinqüenta anos e
4. Uma velha gorda.
Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles.
Não foi difícil, porque eu já partia do princípio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão
cabisbaixos e ensimesmados.
(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído
muito para levá-lo até aquela poltrona de vime.
Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o namoro e não conseguiu entrar como sócio do 'Harmonia
do Samba'?
Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza.
O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma mala. Podia
ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um assassino, ou suicida, no
mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava
olhadas furtivas para dentro da mala assassina.
(3 )E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos?
Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei. Corno, na certa. E manso. Filho drogado?
Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as
lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra.
Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dívidas
astronômicas. Homossexual? Acho que não.Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles. Tingido.
(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus.
Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria?
Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar.
Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada.
O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos.
Tinha cara também de quem mentia para o analista.
Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.
Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista.
Conto para ele a minha 'viagem' na sala de espera.
Ele ri, ..... ri muito, o meu psicanalista, e diz:-
-O Ditinho é o nosso office-boy.
- O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma
vez por mês com as novidades.
- E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
- E você, não vai ter alta tão cedo...

desconhecido

terça-feira, 6 de janeiro de 2009


Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

(Clarice Lispector)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Duvida !!!!

Não sei o que quero
As vezes te quero
Outras te desprezo

Não sei o que dizer
As vezes quero te matar
As vezes quero morrer

Não sei o que sinto
Só sei que minto
Sem saber o que eu omito

Nessa confusão
Que dilacera meu coração
Deixa-me ebulição

Não durmo
Não como
Não falo

Mas sofre
Sem lagrima
Sozinho

Dentro
Doendo
Fervendo

Sem esperança
Sem projetos
Sem objetivos

Correndo
Dissolvendo
Desquerendo

Na esperança de um dia
Esquecer-te
Deixar-te

Nunca mas te ver
Nunca mas sentir
nunca mais lembrar

voltando a ser feliz
por não mais pertencer
a você

pedro paraude
Lúcida em excesso

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.

CLARICE LISPECTOR