terça-feira, 6 de janeiro de 2009


Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

(Clarice Lispector)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Duvida !!!!

Não sei o que quero
As vezes te quero
Outras te desprezo

Não sei o que dizer
As vezes quero te matar
As vezes quero morrer

Não sei o que sinto
Só sei que minto
Sem saber o que eu omito

Nessa confusão
Que dilacera meu coração
Deixa-me ebulição

Não durmo
Não como
Não falo

Mas sofre
Sem lagrima
Sozinho

Dentro
Doendo
Fervendo

Sem esperança
Sem projetos
Sem objetivos

Correndo
Dissolvendo
Desquerendo

Na esperança de um dia
Esquecer-te
Deixar-te

Nunca mas te ver
Nunca mas sentir
nunca mais lembrar

voltando a ser feliz
por não mais pertencer
a você

pedro paraude
Lúcida em excesso

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.

CLARICE LISPECTOR